Nascido na
cidade de Triunfo em 23 de Setembro de 1788, Bento Gonçalves como é
popularmente conhecido, foi um dos principais líderes da Revolução Farroupilha
(1835-1845), que como todos já sabem foi a tentativa de tornar a província do
Rio Grande do Sul independente, o qual era líder do Partido Farroupilha.
Era o décimo filho do português, criador de gado, Joaquim
Gonçalves da Silva e Perpétua Meireles. Passou sua infância na fazenda da avó
materna. Aprendeu a ler e escrever com facilidade. Iniciou sua vida militar e
participou da primeira Campanha Cisplatina (1811-1812), ao lado do exército pacificador de D. Diego de Souza. Mais tarde desligado do serviço militar, passa a
residir em Cerro Largo, no Uruguai, onde se casa com Caetana Garcia, com quem
teve oito filhos.
Imagem da Estância Cristal, que
pertencia a Bento Gonçalves. FONTE: Google Imagens.
Em 1816, participa da tropa enviada para combater os homens
de Artigas que violaram a fronteira do Brasil. Bento é designado capitão de
guerrilha. Após três anos de lutas, a Província Cisplatina foi anexada ao
Brasil e Bento assume o governo da Vila de Melo.
Por ordem de D. Pedro I, foi nomeado comandante do Quarto
Regimento de Cavalaria de 1a. linha, estabelecido em Jaguarão e ele confiado o
comando da fronteira sul do Brasil e da Guarda Nacional naquela região.
Adquiriu grande influência, pois o posto de comandante da Guarda Nacional era
um cargo eminentemente político e foi indicado para o posto de comandante da
Guarda Nacional do Rio Grande do Sul (1832). Com seu cargo na Guarda Nacional
deu apoio aos seus amigos uruguaios e, por isto, foi denunciado (1833) como desobediente
e protetor do caudilho uruguaio Lavalleja, pelo marechal Sebastião Barreto
Pereira Pinto, comandante de Armas da Província.
Chamado ao Rio de Janeiro para se explicar, Bento saiu
vitorioso do episódio: não voltou para a província como comandante de
fronteira, mas conseguiu do regente padre Feijó a nomeação do novo presidente
da Província, Antônio Rodrigues Fernandes Braga, o mesmo homem que iria
derrubar, em 1835, quando deu início à Revolução.
De volta ao Rio Grande, continuou a defender suas ideias
liberais, por isso foi denunciado pelos farrapos como prepotente e arbitrário.
Eleito para a primeira Assembleia Legislativa da província, que se instalou em
abril de 1835, foi apontado, logo na fala de abertura, como um dos deputados
que planejava um golpe separatista, que pretendia desligar o Rio Grande do
Brasil.
FONTE: Google Imagens
A partir desse momento, a situação política na província se
deteriorou. As acusações mútuas entre liberais e conservadores eram feitas
pelos jornais, as sessões da Assembleia eram tumultuadas. Enquanto isto, Bento
Gonçalves articulava o golpe que teve lugar no dia 19 de setembro.
Bento Gonçalves foi preso na Batalha do Fanfa (3 e 4 de
outubro de 1836). Foi mandado para a Corte e depois encarcerado na prisão de
Santa Cruz e mais tarde para o Forte da Laje, no Rio de Janeiro. Em 15 de março
de 1837 em uma tentativa de fuga da prisão, Pedro Boticário não conseguiu
passar por uma janela, por ser muito gordo, em solidariedade Bento Gonçalves
também desistiu da fuga. Depois desta tentativa de fuga foi transferido para a
Bahia onde ficou preso no Forte do Mar.
Na sua ausência, após retumbante vitória na Batalha do
Seival, a República Rio-grandense foi proclamada pelo general Antônio de Sousa
Netto em 11 de setembro de 1836. Mesmo
preso, foi aclamado presidente em 6 de novembro de 1836. Depois de despistar
seus perseguidores, que achavam que tinha partido para os Estados Unidos em uma
corveta , chegou, via Buenos Aires, de volta ao Rio Grande do Sul e, em 16 de
dezembro de 1837, tomou posse como Presidente da República.
A República Rio-Grandense teve seu fim na Paz de Poncho
Verde, em 1º de março de 1845. Luís Alves de Lima e Silva , o Duque de Caxias,
assumiu a presidência da Província.
Passou os dois anos seguintes em sua estância. Bento
Gonçalves morreu de pleurisia, em 18 de julho de 1847, em Pedras Brancas (hoje
Guaíba), na casa de José Gomes Jardim.
HOMENAGEM:
Para homenagear e retribuir de alguma forma o que fez pelo
Rio Grande do Sul em 14 de julho de 1891, na cidade de Porto Alegre, foi
publicada a Lei Governamental . Que se propunha, com o consentimento da
família, a doar os preciosos despojos do General Bento Gonçalves da Silva, ao
município que erguesse, um monumento à altura do glorioso General e seus
companheiros.
Localizado na cidade de Rio Grande, o monumento foi inaugurado
no dia 20 de setembro de 1909. No ato fizeram-se presentes os municípios que
contribuíram, materialmente para a construção do Monumento e, se fizeram
representar no ato da inauguração foram: Porto Alegre, Garibaldi, Uruguaiana,
Santa Vitória do Palmar, Santa Maria, Cruz Alta, Santo Amaro, São Francisco de
Assis, Dom Pedrito, Quarai, Julio de Castilhos, Vacaria,Taquara, Santa Cruz,
São Borja, Torres, São Sebastião do Caí, Soledade, Bagé e Rosário.
MONUMENTO TÚMULO DO GENERAL BENTO GONÇALVES DA SILVA. FONTE:
Google Imagens
Nesta escultura, Teixeira Lopes, soube imprimir o cunho indelével do gênio aliado dos recursos da arte. O pedestal é de cantaria clara, e cujo agenciamento dos blocos denota logo a expressão de um talento superior. Desde os dois leões em combate que representam a luta entre irmãos, onde não houve vencedores nem vencidos, até a figura imponente do caudilho famoso, empunhando o pavilhão tricolor da República de Piratini, tudo constitui um primor de escultura, fundida em bronze como não há superior.
Leia mais em:
- https://www.ebiografia.com/bento_goncalves/
- http://parquebento.blogspot.com.br/p/general-bento-goncalves-da-silva.html
- http://www.sohistoria.com.br/biografias/bentogoncalves/
Nenhum comentário:
Postar um comentário